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Caxumba – Parotidite Infecciosa – Abordagem em situação de surtos

Informe Técnico de 10/2015 –  DEVISA – Departamento de Vigilância em Saúde

SUS – Secretaria Municipal de Saúde

Prefeitura Municipal de Campinas

O Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas (DEVISA) está monitorando a ocorrência de casos de caxumba, até 07 de outubro foram confirmados 31 casos no município. O primeiro surto foi detectado no Campus da Unicamp em 28 de agosto, com 11 casos. No final do mês de setembro foi identificado um surto na Escola Preparatória de Cadetes do exercito ( EsPCEx) com 13 casos. Um surto com dois casos no Campus I da PUC, outro surto em uma casa de abrigamento; além de casos isolados identificados no Metrocamp, no colégio Técnico da Unicamp (COTUCA) E NO Campus II da PUC.

A caxumba é uma doença viral aguda, causada por um vírus da família Paramyxoviridae caracterizada por aumento das glândulas salivares, em especial a parótida (parotidite infecciosa), acompanhada de febre baixa. É inaparente em 30 a 40% dos indivíduos infectados, os quais tem importante papel na disseminação da doença. Em homens adultos pode ocorrer orquiepididimite em aproximadamente 20 a 30% dos casos. O período de maior incidência da doença ocorre no inverno e na primavera. O homem é o único hospedeiro natural conhecido.

Modo de transmissão: Via aérea, por meio de disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. É uma doença de alta transmissibilidade.

Período de incubação: De 12 a 25 dias após exposição.

Período de transmissibilidade: entre 6-7 dias antes das manifestações clínicas, até 9 dias após o aparecimento dos sintomas.

Tratamento: Suporte e analgesia.

Trata-se de uma doença imunoprevinível e a vacinação com duas doses confere imunidade acima de 90%. A ocorrência de surto está associada à alta transmissibilidade da doença, em especial, em populações com indivíduos susceptíveis, seja por falha primária de imunização, seja por esquemas vacinais incompletos. A vacinação de rotina é realizada com duas doses, a primeira aos 12 meses com vacina Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola) e a segunda ao 15 meses, com vacina Tetraviral(Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela). Ressalta-se aqui que a introdução de duas doses da vacina ocorreu a partir de 2004, e que, portanto, muitos adolescentes e jovens podem ter apenas uma dose desta vacina, o que aumenta o número de pessoas suscetíveis. Na presença de um surto é importante que se estabeleça imediatamente ações de bloqueio vacinal, para garantir que todos os suscetíveis sejam oportunamente vacinados.

São considerados indivíduos suscetíveis, e, portanto elegíveis para realização do bloqueio vacinal, todos os indivíduos com menos de duas doses documentadas de vacina contra caxumba, administradas após um ano de vida e com intervalo mínimo de 30 dias.

São consideradas contraindicação para bloqueio vacinal: mulheres grávidas e indivíduos imunossuprimidos.

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