É claro que decidir se vale a pena ou não colocar um filho na creche ou no berçário quando ele ainda é muito novo é algo que, como todas as outras coisas na vida, tem perdas e ganhos. Portanto, não há uma resposta correta.
É preciso ponderar, diante das questões que se apresentam, o que compensa no seu caso em específico, levando em considerações as variáveis mais conhecidas, e as que são especiais do dia a dia da sua família.
Não posso adivinhar qual é o seu contexto, ou seja, quais são as suas possibilidades e impossibilidades de estar com seu bebê. Pode ser que colocar na creche ou no berçário, achando a melhor ou a pior ideia, não seja uma opção, caso você não tenha uma rede de apoio próxima.
Para quem tem ambos os cenários – a creche/berçário e uma rede de apoio de familiares, por exemplo – como possíveis, acho importante ponderar sobre alguns riscos (os ganhos são mais conhecidos e dispensam comentários).
Em uma creche ou berçário, por maior que seja o número de funcionários, por menor que seja a quantidade de alunos e por mais afetivo que seja o tratamento, o bebê não tem o cuidado pessoa-pessoa que costuma ter em casa.
Para o desenvolvimento, é fundamental que seu filho tenha um cuidado afetivo, de uma interação direta entre uma pessoa com um vínculo amoroso. É a partir dessa relação que vai ser estimulado o seu desenvolvimento neuropsicomotor, além do afetivo e do físico.
Em tese, há menos chances de se encontrar esse tipo de relacionamento em uma creche ou berçário do que em casa. São poucas cuidadoras para muitas crianças, o que atrapalha essa formação de vínculo com cada uma.
Ainda falando em teoria, uma avó tem um cuidado famoso por ser maravilhoso, daquele que mima. Ou seja, infinitamente maior do que o de uma creche/berçário.
Porém, todos sabemos que, na prática, a teoria é diferente. Nem sempre os avós ou até mesmo os pais são fornecedores de tanto cuidado e afeto (ou mesmo não há avós e pais disponíveis para tal). Também sabemos que nas creches, berçários ou até com babás podemos encontrar um amor sem tamanho entre eles e nossos filhos.
Por isso, vale a pena ponderar sobre todas estas questões de forma específica dentro do contexto de vida do seu filho:
há algum parente genuinamente disposto e capaz de cuidar?
algum dos pais poderia abrir mão do trabalho ou encontrar um esquema que facilite o cuidado do bebê?
há alguma creche ou berçário viável, compatível com seus critérios de preço e dedicação para com os bebês?
Fonte: Disney Babble
Todas essas são questões a serem pensadas, e não há resposta correta. O que há é uma decisão que, nesse momento, dentro das suas possibilidades, parece ser a mais adequada.